*Imagem feita em parceria com Daniela Karg
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Terminemos pelo começo
Enquanto a platéia se aproxima
Nós saímos pela porta do fundo
Corremos até a fonte
E mergulhamos como crianças perdidas
Esquecidas em nossa própria inocência
Deixamos cair as nossas armas
E vamos até o fundo dos nossos olhos
Onde tudo ainda será deixado para trás
Para oferecermos as nossas vidas
Por uma primeira e última dança
Por um único instante de sol
FIAT LUX!
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Guardei essa canção para o final
A lembrança de um par de asas
E a esperança de um dia de sol
Guardei também este último olhar
Um deslumbramento de recém nascer
Nos braços de um mundo que dormiu
Sim
Guardei o melhor para ninguém
E no fim
Se as pedras não rolarem
Eu serei o precipício
Serei a avalanche
Serei o louco
Serei o último a dormir
Mas serei o primeiro a acordar.
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*Imagem feita em parceria com Daniela Karg
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Vejo de olhos fechados
Silhuetas subterrâneas
Reinos estroboscópicos
Lampejos de fronteiras
Colisões que se fundem
Revoluções moleculares
Sou luz e som vibrando
Me faço festa surpresa
E te chamo para dançar.
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Truque de mãos
Não creio no que vejo
Estrelas caídas
Fogo domado
Infernos artificiais
A platéia se divide
Em alta indefinição
No fundo ninguém sabe
Em que mão está a verdade
Truque barato
O curinga
Sempre tem na manga
Um outro curinga
Uma outra mentira
Uma nova verdade.
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*Imagem feita em parceria com Daniela Karg
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Prevejo lembranças
Os primeiros indícios
Do fim que acenava
Enquanto eu crescia
Com os olhos vidrados
Duas janelas
Obstinadamente estilhaçadas
Escancaradas para o luar.
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Vejo um pássaro negro
Mas escuto
Muito mais do que vejo
Pois o pior cego
É aquele que não quer ouvir:
“Blackbird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free”
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*Imagem feita em parceria com Daniela Karg
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A chama dança
Vejo tão pouco
O suficiente
Para me perder
Cada vez mais
A chama dança
Quase apaga
Apenas o bastante
Para fazer nascer
Outra estrela no céu.
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Vejo uma reta
E tudo passa
Rápido demais
Vejo a Estrada
Ponta de agulha
Que perfura
E se mistura
Com o espaço
Sinto o vento
Espasmos azuis
Estou sonhando
E tudo flutua
Flecha submersa
Meu coração pulsa
Rápido o bastante
Para continuar
Queimando o asfalto
Sem olhar para trás.
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Calei-me de tanto ouvir estrelas
O que mais eu poderia fazer?
Olhe uma vez mais em meus olhos
Existe ainda um brilho que oscila
Uma chama que se afasta pelo corredor
Mas não tema – eu diria se pudesse dizer
Não tema quando a escuridão subir ao palco
Nós pagamos o preço e apenas nós sabemos
O quanto pagamos caro para estarmos aqui
E o quanto tentamos vender barato o ingresso
Para o espetáculo de nossas idas e vindas
Através da Grande Noite que ninguém viu
Então olhe uma vez mais em meus olhos
E me diga – se ainda for possível dizer
Me diga tudo que você é capaz de ver
Sob as luzes oscilantes das estrelas.
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São os jardins que me cultivam
São as flores que me colhem
Eu somente me descuido
Eu apenas me entrego.
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Sonho No Sonho 